As 6 doenças mais comuns relacionadas com a audição

As 6 doenças mais comuns relacionadas com a audição

As doenças auditivas afetam diretamente a saúde e a qualidade de vida do individuo. Além delas, existem outras que não estão ligadas diretamente aos ouvidos, mas que também causam problemas para ouvir.

Este artigo não substitui a necessidade de procurar ajuda de técnicos de audiologia.

1. Otite
Trata-se uma infecção no ouvido médio (espaço com ar e que fica atrás do tímpano). Costuma ser dolorosa por causa da inflamação e do acúmulo de secreção nessa região. É causada por vírus ou bactérias e pode afetar um ou os dois ouvidos.
Essa doença é mais comun sas crianças por causa da menor imunidade e do posicionamento das estruturas anatômicas relacionadas à audição. No entanto, os adultos também podem sofrer deste mal.
Sintomas: Causa dores, vermelhidão, inchaço e dificuldade auditiva.
Se não for tratada, a otite pode se tornar crônica e levar à perda auditiva. Em casos extremos, é recomendada a cirurgia para drenar os líquidos e melhorar consideravelmente a audição do paciente.

2. Doença de Ménière
Está relacionada a uma falha no sistema linfático, portanto, no mecanismo que regula a produção, circulação e/ou absorção do líquido do ouvido interno, impedindo que a drenagem ocorra corretamente.
Dessa forma, pode ocasionar infecções e alergias que danificam o órgão.
Sintomas: Perda auditiva, pressão, inchaço e zumbido. Se não tratada, a condição afeta até mesmo o equilíbrio do paciente, levando a queixas de vertigem e náuseas.

3. Otosclerose
É uma doença que provoca a reabsorção e crescimento anormal de tecido ósseo, isso impede a movimentação dos ossículos da audição e interfere na condução desse som para a orelha interna.
Dessa forma, por impedir que as estruturas funcionem adequadamente, há interferência na capacidade de ouvir.
Sintomas: Redução na capacidade auditiva
Embora seja uma enfermidade hereditária, há relatos de casos de pacientes que não têm histórico da otosclerose na família. Dependendo do caso, o tratamento poderá ser cirúrgico ou com aparelho auditivo.

4. Tinnitus (Zumbido)
O tinnitus nada mais é do que um zumbido persistente que nada tem a ver com alterações psíquicas.
Sintomas: Zumbido na cabeça, num ou nos dois ouvidos.
Poderá, em alguns casos, ser passageiro, como nos casos em que a pessoa fica muito tempo exposta ao som bem alto. O indivíduo ouve o zumbido durante algumas horas e, após esse tempo passa.
Já no crônico, é como se o paciente ouvisse uma campainha, buzina, assobio, etc por 24 horas diárias, o que gera um grande incômodo. A causa primária e mais comum dessa doença é a perda auditiva, mas ela também pode ser causada por outros fatores, toxicodependencia, estresse e lesões na cabeça. Os efeitos colaterais do zumbido incluem estresse, fadiga e depressão.

5. Neuroma do acústico
Embora seja considerado um tumor, o neuroma do acústico (schwannoma vestibular) não é maligno, além de ser relativamente raro. A origem dele é no nervo vestibular, também conhecido como nervo do equilíbrio, localizado no ouvido interno.
Sintomas: variam entre zumbidos persistentes (tinnitus), vertigens e tonturas, dores de cabeça e visão dupla. Conforme o crescimento do tumor, há também problemas com a coordenação motora e até aperda auditiva. O tratamento é feito com a remoção cirúrgica do tumore caso a perda auditiva permaneça como sequela, o tratamento será com o aparelho auditivo.

6. Ototoxicidade
Diversos medicamentos contêm substâncias que são tóxicas para os ouvidos, podendo causar alguns danos. Os efeitos podem ser temporários ou permanentes, além de reversíveis ou irreversíveis.
Exemplos de drogas com essa consequência:
Antibióticos aminoglicosídeos, diuréticos, arsénico, álcool, tabaco, chumbo, monóxido de carbono, mercúrio, aspirina, quinina, mostrada nitrogenada, canomicina, vancomicina, amicacina,
gentamicina, neomicina...
Os sintomas podem ser vertigem, zumbido e perda da audição. Por isso, o médico avalia o risco e o benefício no uso do fármaco para o quadro de cada paciente.
Vale lembrar que a dose, a duração do tratamento, a taxa de infusão, a susceptibilidade genética e os outros fatores influenciam na ototoxicidade de um medicamento.